quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quem conhece sabe...

Meus filhos são uma figura.
Não somente porque são meus filhos, mas porque criança é uma diversão.
Teve uma vez que eu estava na casa da minha irmã, o Caio devia estar com uns 4 anos, e precisei de um absorvente. Daí tava no corredor e falei pra minha irmã:
-Fabi me dá um absorvente??
Nem deu tempo pra terminar direito o Caio veio correndo e gritou:
-Eu também quero! Eu também quero!
A gente já caindo no riso...
-Quer o que filho?
-Eu também quero "lamber sorvete"...
Meu velhinho surdo...
Já o Pedro está virando um "lingüista", inventa palavras sem parar, tem horas que a gente passa aperto. Teve uma vez que ele passou o dia todo me pedindo "mogules", era uma tal de mãe eu quero mogules que eu já estava ficando com dor de cabeça. Lá pelas tantas ele fala assim: Eu quero mogules igual a Blue. Pronto desvendou o meu mistério. O que ele tava pedindo era sopa de legumes... Ainda bem que vejo desenho com eles...
Na terça-feira meu marido tava se aprontando pra sair pra correr, e o Pedro entrou numa viagem de que o pai iria participar de uma corrida tipo Fórmula 1, e ficava falando:
-Você vai ganhar pai?
Daí eu falei que o pai dele não ia ganhar nada, que iria perder a barriga.
O Pedro ficou preocupado e enquanto o pai se alongava lá fora, ele foi bem pertinho e perguntou:
-Pai você não vai perder o braço né?
Por isso que aquela frase ainda tem muito efeito:
CRIANÇA DIZ CADA UMA!

terça-feira, 27 de maio de 2008

As meninas favoritas dos meninos.

Os meus filhos têm quatro primas, das quatro duas são as favoritas.
Amanda e Julia.
A Amanda tá uma mocinha, bem daquelas que nós tias corujas, sempre que vemos soltamos um suspiro. É chorona, emotiva, e muito paciente com os meninos. Coisa rara de se ver numa adolescente.
Brinca com o Caio com a maior igualdade, sem ficar pondo defeito no que ele faz. Com o meu caçula, se diverte com as maluquices e a maneira de falar. Ficou registrado no celular dela o "Sopa de Mogules".
A Julia é uma moleca. Gosta de ação. Tem uma imaginação espantosa.
Quando ela e o Caio eram menores fingiam ser irmãos.
Os dois juntos é lindo de se ver, ficam chatos quase que simultaneamente e gostam de palavras pomposas.
Com o Pedro já é o seguinte, tenta ao máximo incluí-lo nas aventuras, quando não dá jeito, deixa ele brincar com aquele brincando que por nada no mundo pararia nas mãos dele.
Adoram quando a Amanda vem aqui em casa, e ficam ansiosos só de pensar que a Julia virá nas férias.
Quem venha a diversão!

sábado, 24 de maio de 2008

O CAIO

Ele quer ver o Naruto no YouTube, e eu quero usar o computador.
De 2 em 2 minutos entra aqui e pergunta:
- já posso?
Ele gosta do Naruto, do Avatar e de jogar no PS2.
Ele gosta de gibis da Turma da Mônica, mas não gosta muito do Chico Bento.
Ele, quando resolve assistir "De Volta pro Futuro", assisti os 3 seguidinhos e faz o mesmo com o Star Wars.
A primeira vez que assistiu "Dança com Lobos", ficou esperando o lobo valsar, nunca mais quis ver o filme...
Este feriado está feliz, porque o Bruno um amigo que foi morar em São Paulo esse ano, está passando o feriado aqui, na casa dos avós.
Gosta de feriados porque não precisa seguir horários.
Não deita na rede, se pendura.
Parece que tem aversão à sapatos, meias, e casacos. Quando está frio fico de cabelo em pé, porque o meu indiozinho não quer por roupas.
Não gosta muito de chocolate.
Come muito brócolis.
Acorda muuuuuito cedo.
Adora deitar na minha cama e dormir por lá.
Reclama sempre antes de entra no banho, depois não quer sair.
Tem uma coleção de pedras.
Não gosta de falar sobre o que sente.
Tem vergonha de dançar na frente dos outros, inclusive do pai.
Tem ódio/medo de elevador.
As vezes parece que tem 3 anos.
As vezes parece que tem 60 anos.
Gosta quando sou eu que o leva pra escola.
Adora pastel de queijo.
Bebe litros de água por dia.
...
- já posso?
- tá filho, pode usar o seu computador.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nos trilhos


O Pedro é um garotinho louco por trens, louco muito louco mesmo.
Teve uma vez que fomos fazer um passeio de trem, descemos a Serra do Mar, e o Pedro todo encantado, toda vez que o trem apitava ele colocava o dedinho pra cima e falava: "ó o têim!", ele estava com dois anos e não entendia que estava dentro do próprio. Um sarro!
Ontem levamos ele pra andar sobre os trilhos. Gente que loucura de alegria desse menino, ele andava no trilho e falava "vou bem lonjão", o Caio, que é um menino espetacular, ficava o tempo todo grudadinho no irmão pra que ele não se machucasse enquanto a mamãe e o papai filmavam e tiravam fotos. Uma delicia ver a felicidade.
O Caio gosta e tem uma coleção de pedras, tem até britas, queria trazer aquelas baitas pedras que ficam envolta dos trilhos.
Andar nos trilhos me trouxe tantas lembranças boas de criança, foi gostoso ver o Pedro radiante andando no trilho como se fosse um trem, o Caio prestando muita atenção nas minhas histórias.
Se tem algo melhor que filho, Deus guardou só pra Ele.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Carro do sonho

O carro do sonho passa e ele logo grita:
-Carro do Sonho pode paá!!!!
O outro escuta e grita:
- Quero de chocolate!
Lá se vão meus trocadinhos e sonhos...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os Heróis

Ele acorda e já não é mais ele.
Tem dias que é Harry Potter, as vezes se aventura em ser o Ronald Winsley, eu sou a Hermione
Ele é o Peter Parker, eu sou a Mary Jane
Ele é a Uniqua eu sou a Tasha
Ele é o Franklin eu sou a mamãe do Franklin
Ele é o Louie eu sou a Yoko
Ele é o Timoty eu sou a mãe do Timoty...

Nossos dias são uma aventura.
Temos os diálogos mais loucos do mundo, tem horas que eu nem sei mais quem sou dái vem um:
"tá malllllluca mãe!"
O Pedro, como diz naquela música do Sitio do Pica-pau Amarelo feita pro Pedrinho(!):

"Era quem queria ser, porque era um sonhador"

sábado, 17 de maio de 2008

Sexta-feira

Eles são lindos.
Eles sairam de mim.
Mas não são meus, os dois são do mundo, da vida e da alegria que me proporcionam.

Ontem o Pedro foi trabalhar com o Pai, ficamos em casa só eu e o Caio.
O Caio sem querer dar o braço a torcer(de quem será que ele herdou isso?), ficou emburrado e enciumado. Queria muito ter ido junto. Só que não pode ir porque tinha aula.
O Pedro por sua vez, adorou na primeira meia hora estar com o Pai, depois disso ficou entediado e queria vir pra casa...
Chegou em casa dormindo, ficou 4 horas "trabalhando" com o Pai. Assim que acordou ficou reclamando, tava com saudades da Mamãe.
Depois disso grudou em mim como chicletes. Ele anda assim, grudadinho comigo. Se saio sem levar ele junto é um Deus nos acuda aqui em casa. É uma fase.
O Caio adorou almoçar sozinho comigo e fazer o caminho pra escola escutando minhas histórias.
Quando deixei ele no portão da escola ele até me beijou. Nem se importou se algum amiguinho ia ver. Fiquei faceirinha.

Filhos são assim, são deles, são do mundo, são da vida e são da alegria que me proporcionam.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Minha invasão aqui.

Tenho dois filhos muito distintos.
Falo isso o tempo todo pra eles, porque a lei é para todos, mas uns(os que são mais espertos), se adaptam mais fácil e argumentam melhor e outros(os teimosos) passam o tempo a nos azucrinar e armar berreiros típicos de Veruca(A Fantástica Fábrica de Chocolate).
Como eu estava pensando nisso, me veio um vazio muito grande.
Se hoje eu pudesse falar com a minha mãe por apenas 5 minutos e obter respostas, só gostaria de saber que tipo de filha eu fui. Sei que fui uma criança levada, tenho marcas pelo corpo pra provar, sei que fui teimosa, sei que era faladora porque lembro de em algum momento me pedirem pra ficar quieta, sei também que não gostava muito de pessoas, que tinha um mundo só meu e morria de modo de gente morta. Mas não sei que tipo de filha eu era e isso me dá um vazio danado.
Não sou muito do tipo saudozista, que as vezes suspira um"Ai que saudade!", porque gosto de resolver tudo no seu tempo, não que saudade não seja algo bom, mas normalmente quando alguém fala que está com saudade de algo ou alguém parece algo inatingível, gosto do que tenho agora.
Mas me deu esse vazio: Como eu era como filha??
Minha mãe deixou esse mundo quando eu ainda tinha 20 ano, faltava 3 meses pra eu completar 21, na época eu jurava por Deus que a filha favorita da minha mãe era minha irmã, que depois eu conversando com minha irmã achava que era eu, e agora tendo filhos posso dizer que erámos todos favoritos.
Minha mãe era muito forte, uma dessas mulheres que passou por tudo na vida e deu a volta por cima, tinha uma sabedoria única, e engraçado porque converso com minhas tias que fisicamente são muito parecidas com minha mãe e não vejo nada dela, minha mãe era um passo a frente de tudo.
Quando minha mãe tinha 38 anos perdeu um filho com 16 anos. Foi aqui que superei meu medo de gente morta...
E ela deu a volta por cima.
Sofria mas sorria. Ela era assim.
Nunca lamentou, pelo menos não na nossa frente a falta que ele fazia, e devia fazer muito, porque quando o Pedro teve a convulsão me senti sem chão e nos 20 segundos que durou, pensei nela.
Com 46 anos ela se foi, não chegou a conhecer a primeira neta, que nasceu 40 dias após ela partir. Não conheceu nenhum dos seus 9 netos, 4 meninas e 5 meninos. Não sei como ela seria como avó, mas gostaria de ter sabido, enquanto minha cunhada estava grávida, minha mãe foi uma vó coruja discreta. Não dava pitacos mas comprava presentinhos. Interferiu bonito no nome da minha sobrinha, que era pra se chamar Giovana, Camila ou sei lá o que e acabou sendo AMANDA MARINA, o Marina em homenagem a ela. Meu irmão tem dessas coisas... E é lindo isso porque ele sabe homenagear, em vida e na morte, aprendeu com minha mãe. Mas isso eu conto uma outra hora.
Sei que eu era respeitosa, chamei ela de senhora até os meus 16 anos, depois fiquei sem-vergonha, aprendi também a dar de ombros e isso a irritava muito mas foi muito antes dos 16 acho que com 8. Sempre levei muito em conta o que ela falava. Uma vez ela falou que estava decepcionada comigo porque eu não voltei de uma viagem na data marcada e eu tinha que trabalhar na tal data, e pra mim foi o fim. Chorei.
Sei que a fazia rir, ela sempre brincava comigo dizendo que eu devia fazer ''arte cinícas" e não cênicas e sem ser perjorativa, apenas porque eu chorava quando ela me pedia, pra ganhar um sorvete por exemplo. Gostava também quando eu dançava, acho que nisso eu realizava ela, sempre fui sem-vergonha e mesmo sem dominar a arte adoro dançar.
Mas não sei que tipo de filha eu fui.
Mas sei que tipo de mãe estou me transformando, sei meus pontos fortes e outros menos fortes, sou assim um pouco dela e um pouco de mim.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Coisas deles

O Caio é um cara muito na dele.
Como eu já falei, não faz muito o tipo de ir na moda.
Gosta do que gosta e fim.
Já o Pedro, adora bater um papo, isso ele herdou de mim, gosta de se sentir incluido em tudo, gosta de roxo e ama carrinhos miniaturas, desde que sejam Caminhonetes, Jeeps ou Hummers, é um politico.
Quando estou brava o Caio fica quieto, e tenta me ajudar sem falar nada, junta brinquedos, seca louça, arruma mesa, tudo sem fazer um comentário, já o Pedro não, já chega de sola. Tenta me fazer rir imitando aquele assoviozinho que tem no rings de celular pra avisar que a mensagem chegou. Como ele ainda não sabe assoviar ele enfia os dedos na boca e grita o "fiuí Olha a Mentagem". Não tem como não rir. Uma figuraça!
O Caio se interessa profundamente e sinceramente pelo funcionamento de tudo, gosta de conversar horas. O Pedro se o assunto não for ele ou algo que ele goste...
O Caio desde pequeno me enchia de beijos, hoje bem menos porque já está na fase da vergonha, o Pedro levou um tempão até resolver dar beijos, hoje em dia é um beijoqueiro.
O Pedro atualmente está passando por uma fase que o Caio já passou, e vejo como é interessante como são parecidos, como tem a mesma lógica, mesmo em assuntos tão diferentes.
Acho incrível ser mãe, mas eu acho que é absurdamente incrível ser mãe de dois, imagina só mãe de três, quatro... É uma aventura e descoberta constante. Todo dia nos tornamos mais mãe.
Hoje estou especialmete apaixonada pelos meus dois filhos.